Qual é a doença que o gato passa para o ser humano? Quando pensamos em gatos como animais de estimação, é comum imaginar seu comportamento afetuoso e suas travessuras divertidas.
Contudo, também é importante considerar as possíveis doenças que esses felinos podem transmitir aos seres humanos. A convivência com gatos requer uma compreensão das doenças zoonóticas — aquelas que são transmitidas entre animais e humanos.
Neste artigo, exploraremos as principais doenças que os gatos podem passar para os seres humanos, suas causas, como prevenir contágios e os cuidados necessários para uma convivência saudável.
O que são doenças zoonóticas?
As doenças zoonóticas são infecções que podem ser transmitidas de animais a humanos. Elas podem ocorrer de várias maneiras, incluindo contato direto com o animal, por meio de fluidos corporais ou até mesmo através de vetores como pulgas e carrapatos.
É fundamental que os donos de gatos estejam cientes dessas doenças para garantir tanto a saúde dos felinos quanto a sua própria.

Principais doenças que o gato pode passar para o ser humano
A seguir, analisaremos algumas das doenças mais comuns que os gatos podem transmitir aos seres humanos, detalhando seus sintomas, formas de transmissão e formas de prevenção.
1. Toxoplasmose
A toxoplasmose é uma das doenças mais conhecidas que podem ser transmitidas de gatos para humanos. Ela é causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, que pode estar presente nas fezes de gatos infectados.
A infecção é particularmente perigosa para mulheres grávidas e pessoas com o sistema imunológico comprometido.
Transmissão: O principal vetor da toxoplasmose é o contato com fezes contaminadas. Isso pode acontecer ao limpar a caixa de areia, através de alimentos crus ou mal cozidos, ou mesmo pelo contato com solo contaminado.
Sintomas: Muitas pessoas saudáveis não apresentam sintomas. Contudo, em casos mais severos, podem ocorrer febre, dores musculares e fadiga. Em indivíduos com o sistema imunológico comprometido, a doença pode causar complicações severas.
Prevenção: Para evitar a toxoplasmose, recomenda-se que mulheres grávidas não limpem caixas de areia ou utilizem luvas ao fazê-lo. Além disso, é essencial cozinhar bem os alimentos, especialmente carnes.
2. Anemia Infecciosa Felina (AIDS felina)
Embora a AIDS felina não possa ser transmitida diretamente ao ser humano, é importante mencioná-la por sua relevância na saúde felina e em relação à convivência com gatos.
É causada pelo vírus da imunodeficiência felina (FIV), que compromete o sistema imunológico dos gatos, tornando-os mais suscetíveis a outras infecções.
Transmissão: O FIV é transmitido principalmente por mordeduras. Portanto, gatos que brigam ou têm acesso à rua correm maior risco.
Sintomas: Gatos infectados podem apresentar sinais de doenças crônicas, como febre, inflamação nas gengivas e perda de peso.
Prevenção: A melhor proteção é a castração e a observação do comportamento social dos gatos. Gatos com FIV devem ser mantidos em ambientes seguros e, se possível, isolados de outros felinos saudáveis.
3. Doença de Cat Scratch Fever (Febre Do Gato)
A febre do gato é uma doença bacteriana causada pela Bartonella henselae. Embora essa infecção não seja exclusiva dos gatos, eles são frequentemente o vetor responsável.
Transmissão: A infecção geralmente ocorre após um arranhão de um gato infectado ou através do contato com pulgas contaminadas. Pessoas com o sistema imunológico saudável podem contrair a doença, embora sejam mais afetadas aquelas com o sistema imunológico debilitado.
Sintomas: Os sintomas incluem o aparecimento de gânglios linfáticos inchados, febre, dor de cabeça e fadiga. A infecção pode ser leve e não requer tratamento intensivo, mas em alguns casos pode necessitar de antibióticos.
Prevenção: Para minimizar os riscos, é essencial manter pulgas sob controle, ter cuidados com arranhões e ferimentos ao lidar com gatos e estar atento à saúde do animal.
4. Micose (Tinha)
Essas infecções fúngicas são bastante comuns e podem ser transmitidas de gatos para humanos. A micose é causada por fungos que habitam a pele e os pelos de animais, e pode se manifestar em várias partes do corpo.
Transmissão: A infecção ocorre ao entrar em contato com a pele infectada de um gato ou objetos contaminados, como escovas, cobertores e camas.
Sintomas: O principal sintoma é a presença de manchas avermelhadas e descamativas na pele. A coceira pode variar de leve a intensa.
Prevenção: Mantenha a higiene dos gatos e dos ambientes em que vivem. Escovar regularmente o animal e manter a casa limpa são passos essenciais para prevenir a micose.
5. Salmonelose
A salmonelose é uma infecção bacteriana que pode ser transmitida por gatos, especialmente em casos onde o animal consome carne crua ou tem acesso a ambientes sujos.
Transmissão: A bactéria da salmonelose pode passar para os humanos através do contato com fezes infectadas ou com alimentos contaminados.
Sintomas: Os sintomas incluem diarreia, febre e cólicas abdominais. A doença é mais grave em crianças e pessoas com o sistema imunológico comprometido.
Prevenção: Evite alimentar gatos com carne crua e mantenha uma boa higiene ambiental. Lave as mãos após manusear alimentos para gatos ou limpar caixas de areia.
doenças zoonóticas: Cuidados adicionais para garantir a saúde
Além da conscientização sobre as doenças que os gatos podem transmitir, existem várias medidas que os donos podem adotar para manter um ambiente saudável:
1. Vacinação e cuidados veterinários
Manter a vacinação dos gatos em dia é crucial para prevenir doenças transmissíveis. Consultas regulares ao veterinário permitem identificar qualquer sinal de infecção ou doença de forma precoce.
2. Boa higiene
Praticar a higiene é fundamental. Limpar a caixa de areia regularmente, desinfetar ambientes e lavar as mãos frequentemente são medidas essenciais para evitar contágios.
3. Alimentação segura
Oferecer uma alimentação balanceada e segura ao gato é essencial. Evite dar alimentos crus ou em má condição, e sempre escolha alimentos de qualidade, recomendados pelo veterinário.
4. Educação sobre comportamentos de risco
Educar todos os membros da família, especialmente as crianças, sobre como interagir com gatos pode reduzir o risco de arranhões e mordidas. Ensinar a não perturbar o animal quando ele estiver comendo ou descansando é uma boa prática.
Conclusão – Doenças zoonóticas
Embora a convivência com gatos possa apresentar alguns riscos em relação a doenças zoonóticas, esses riscos podem ser efetivamente geridos com conhecimento e cuidados adequados. A prevenção é a chave para garantir que tanto os gatos quanto os humanos mantenham uma saúde robusta.
FAQ – Doenças Zoonóticas
O que são doenças zoonóticas?
Doenças zoonóticas são enfermidades que podem ser transmitidas entre animais e seres humanos. Elas podem ser causadas por vírus, bactérias, fungos ou parasitas e afetam tanto a saúde dos pets quanto das pessoas que convivem com eles.
Quais são os principais exemplos de zoonoses?
Algumas das zoonoses mais conhecidas incluem raiva, leptospirose, toxoplasmose, leishmaniose, sarna, esporotricose e verminoses como a ancilostomíase. Elas variam em gravidade e via de transmissão, exigindo atenção constante dos tutores.
Como as doenças zoonóticas são transmitidas?
A transmissão pode ocorrer pelo contato direto com o animal, secreções, fezes, urina, mordidas, arranhões ou até pelo ambiente contaminado. Em alguns casos, vetores como mosquitos, pulgas ou carrapatos também são responsáveis por transmitir essas doenças.
Como posso proteger minha família e meus pets?
Manter a vacinação dos pets em dia, fazer vermifugações regulares, higienizar os ambientes, usar antiparasitários e visitar o veterinário com frequência são medidas essenciais. Além disso, evitar o contato com animais doentes é uma atitude preventiva importante.
Humanos podem transmitir doenças para os pets também?
Sim, embora seja mais raro. Algumas infecções fúngicas, como micoses, e até gripes em situações específicas podem ser transmitidas de humanos para os animais. O termo para isso é “antroponose”.
Quais grupos estão mais vulneráveis às zoonoses?
Crianças, idosos, gestantes e pessoas com o sistema imunológico enfraquecido (imunossuprimidos) têm mais risco de complicações por zoonoses. Por isso, os cuidados com a saúde dos animais de estimação são ainda mais importantes nesses lares.
Animais vacinados ainda podem transmitir zoonoses?
A vacinação reduz drasticamente os riscos, mas não elimina 100% das possibilidades. Algumas doenças não têm vacina ou são transmitidas por parasitas externos, por isso a prevenção deve ser abrangente e contínua.
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